Trabalhadores foram dispensados sem receber os direitos trabalhistas, mesmo depois de ter recebido empréstimo do BNDES |
A economia do município de Laranjal do Jari, no Sul do Estado do Amapá , levou mais um duro golpe. No total, 468 trabalhadores que prestavam serviços para a Jari Celulose foram dispensados. E o pior, sem o pagamento das indenizações.
O assunto foi discutido na noite deste sábado (10) entre representantes dos trabalhadores, a direção do sindicato da categoria, os senadores Davi Alcolumbre (DEM) e Randolfe Rodrigues (REDE), e o prefeito de Laranjal, Márcio Serrão.
Os trabalhadores eram funcionários da NDR Agro Florestal, prestadora de serviço da Jari Celulose. Os senadores se comprometeram em fornecer assistência jurídica aos trabalhadores e denunciar o caso às autoridades. O advogado trabalhista Alberto Alcolumbre orientou os trabalhadores a ingressar com ações contras as duas empresas.
Em junho de 2016, o presidente do Grupo Jari, Sérgio Amoroso, foi até o Senado Federal para pedir apoio dos senadores do Amapá para que o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) aprovasse um refinanciamento para a empresa, que paralisou suas atividades, entre 2013 e 2014.
Estimasse que mais de 90 mil pessoas das cidades de Laranjal e Vitória do Jari dependam economicamente da Jari Celulose. Depois de articulações, o recurso foi liberado em agosto do ano passado. Os dois senadores consideraram que houve má fé da empresa.
Randolfe disse que vai pedir para integrar a CPI que vai investigar os últimos empréstimos do BNDES.
“Quando fizemos a gestão junto ao BNDES, pretendíamos assegurar os empregos no Vale do Jari. Demitir trabalhadores com oito, dez, quinze anos dedicados às empresas, após receber o financiamento e ainda por cima não pagar direitos foi um absurdo. Podem ter certeza que tomaremos providências com relação a isso. Garanto a vocês que venceremos esta batalha”, frisou Davi Alcolumbre.
“Com estes cidadãos sem emprego, o problema econômico e social é gravíssimo. Eu e senador Davi saímos hoje daqui com a responsabilidade de já na segunda-feira (13), irmos até a Justiça do Trabalho apelar para que a lei se cumpra e os direitos dos trabalhadores sejam garantidos. Qualquer decisão deverá condenar uma das empresas. Não vejo como ser diferente. Também irei procurar o Ministério Público do Trabalho e solicitarei que não só acompanhe a questão, mas seja rigoroso com a empresa Jari”, adiantou Randolfe Rodrigues.
Via : Seles Nafes
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