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Flamengo 120 anos: O peso de um manto

Um dos clubes mais vitoriosos do Brasil, o Manto Sagrado rubro-negro ajuda o Flamengo a ter uma das maiores salas de troféus do planeta

RODRIGO STAFFORD

Rio - Cada gota de suor derramada no Manto Sagrado nestes 120 anos se transformou no ouro dos troféus do mais querido time do Brasil. Seus 40 milhões de torcedores têm uma agradável rotina de tanto comemorar títulos por todo o país. Tamanho sucesso nas quatro linhas faz com que o amor pelo Flamengo passe de geração para geração, assim como o entusiasmo e a confiança em novas conquistas.
O gol de cabeça de Rondinelli, aos 41 do segundo tempo da final do Carioca de 1978, contra o Vasco, deu início à Era de Ouro — foram, na sequência, mais três estaduais, três brasileiros e oito títulos internacionais. O ano mágico do Flamengo foi 1981. Em 20 dias — de 23 de novembro a 13 de dezembro —, o clube conquistou três taças.
Manto Sagrado rubro-negro já ajudou em muitos títulos
Foto: André Mourão
A primeira veio no Uruguai. Após vencer o por 2 a 1 o Cobreloa, no jogo de ida da final da Libertadores, e perder o segundo, Zico deu o título no terceiro duelo e levou o time ao sonhado Mundial Interclubes. No dia 6, o Fla vencia o Campeonato Carioca ao bater o Vasco.
Em seguida, foi ao Japão para disputar o Mundial, contra o Liverpool, campeão europeu. A marra dos ingleses durou apenas 45 minutos. O toque de bola de Zico, Junior, Nunes & Cia. fez com que os súditos da Rainha não soubessem nem onde ficava a saída do Estádio Nacional de Tóquio. Vitória por 3 a 0, e o mundo era rubro-negro.
Décadas antes do apogeu vermelho e preto na capital japonesa, o Carioca era a grande vedete. O primeiro tricampeonato veio em 1942-43-44, com craques do quilate de Zizinho, Domingos da Guia e o artilheiro Pirilo. No triênio 53-54-55, Dida, ídolo de Zico, teve o luxuoso auxílio dos inesquecíveis Zagallo e Evaristo.
Em 1978, depois do gol do ‘Deus da Raça’ Rondinelli, a dúvida sobre a realização do Brasileiro daquele ano fez com que dois Cariocas fossem disputados em 79. E, claro, O time faturou ambos, com sobras.
Petkovic garantiu o tricampeonato para o Flamengo e virou ídolo do clube
Foto: Marcelo Regua / Agência O Dia
O triênio 1999-2000-2001 sacramentou o Vasco como o vice predileto da Nação. E com requintes de crueldade. Aos 43,o sérvio Petkovic acertou o ângulo em cobrança de falta antológica. Era o tetra-tri! Seis anos depois começava a freguesia botafoguense. Mais um tri e, de quebra, o início da hegemonia carioca, que agora já soma 33 títulos.
No cenário nacional, o Flamengo soma nove conquistas — seis do Brasileiro e três da Copa do Brasil. Em 1980, 82 e 83, a geração de Zico, Junior, Adílio e Andrade brincou de jogar futebol. Em 1987, Renato Gaúcho e Bebeto, sob a batuta do Galinho, mostraram quem mandava no Brasil. Em 1990, o eterno camisa 10 passou o bastão para o amigo Junior e os títulos continuaram. No mesmo ano, a Copa do Brasil e, em 1992, mais um Brasileirão.
Após tantos títulos, o clube voltou a ter uma conquista nacional em 2006, quando Obina mostrou que era melhor que Eto’o e levou a Copa do Brasil. O veterano Pet voltou ao Fla em 2009 e, junto com o Imperador Adriano, e, em arrancada épica, que teve o ápice no gol de Ronaldo Angelim, faturou o Brasileiro. Em 2013, o Fla levantou a Copa do Brasil, com destaque para os gols de Hernane Brocador, que fizeram a alegria da Nação rubro-negra.

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