FONTE:Jornal do Brasil
Veja abaixo a carta que um torcedor, que pediu sigilo de sua identidade, passou no jogo Flamengo e Vitória, quarta-feira (4/9) no Maracanã:
Após o jogo do Flamengo e Vitória pude entender o que sugerem ao chamar os Estádios da Copa de padrão FIFA.
Antes de falar do padrão FIFA gostaria de descrever o descaso e atrocidades a qual vem se submetendo os proprietários de cadeiras perpétuas, até então área nobre do Estadio. Enquanto todos tem facilidades em acessar o estádio, com cartões de sócio torcedor, comprando ingresso em diversos pontos de venda ou ao menos em uma bilheteria perto de sua entrada, os proprietários tem que se submeter a uma verdadeira aventura para pegar os ingressos que tem direito e acessar o estádio.
Primeiro deve se deslocar ate uma sala dentro do Maracanzinho, com poucos atendentes (1 por bloco de letra), com documentos comprovatórios autenticados em cartório e cartão magnético das antigas cadeiras. Depois dar quase que uma volta no estádio para chegar ao seu portao de entrada. Em seguida, subir a pé toda a rampa da UERJ(que saudade do antigo Hall dos Elevadores ou das Escadas rolantes). De fato, não é difícil perceber que toda essa dificuldade criada é uma forma de tentar que os proprietários desistam de suas cadeiras e passem a comprar ingresso comum.
Agora retorno ao padrão FIFA. Estima-se que os gastos com a reforma do Maracanã giram em torno de R$ 1 bilhão de reais. É de se esperar que com estes gastos, problemas do antigo gigante fossem sanados e que soluções mais modernas fossem adaptadas. O acesso dos torcedores para o local destinado as cadeiras perpétuas se da única e exclusivamente através da rampa. Será essa mais uma forma de dificuldade forçada? Por que não utilizar os elevadores existentes na parte externa do setor Oeste Premium? Ou será uma forma de colocar novos prestadores de serviço, carrinhos de golfe, e inchar o quadro móvel por jogo? Será este o padrão FIFA de atendimento a um grupo até então considerado VIP?
Como disse no inicio do texto, ontem pude entender e associar o Maracanã ao padrão FIFA. Tamanho era o lamaçal que o estádio se encontra. Poças e mais poças exigiam dos torcedores movimentos astutos, cachoeiras na rampa da UERJ tornavam essencial um guarda-chuva em local coberto. É uma tristeza lembrar que afundamos ali mais de R$ 1bilhão de reais e atestar que antigos problemas permanecem, mas que muitos enriqueceram.
De fato, o Maraca não é mais nosso... ele foi entregue ao descaso.
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