Dr. Rodrigo explicou aos presentes que a Hipertensão Arterial Sistêmica, também conhecida como pressão alta, é a mais comum entre as doenças cardiovasculares e o principal fator de risco para diversas complicações que levam à morte, como outras doenças cardiovasculares (exemplo: Infarto do Miocárdio), cerebrovasculares (exemplo: AVC, ou o popular “derrame”) e renais (paciente precisando de tratamento com diálise).
Normalmente, essa doença não apresenta sintomas durante muitos anos, sendo percebida somente quando uma complicação vem à tona ou um órgão vital é lesionado, por isso a hipertensão arterial sistêmica também é conhecida como “assassina silenciosa”.
O que é Hipertensão Arterial Sistêmica?
A HAS é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados da pressão arterial sistólica (PA) maior ou igual a 140 mmHg (milímetros de mercúrio) e diastólica (de dilatação) maior ou igual a 90 mmHg. Ou seja, se a pressão estiver maior ou igual a 14 por 9, ela é considerada alta. Entretanto, existem níveis de pressão e quanto maior ela for, maiores são os riscos e as chances do paciente precisar fazer um tratamento com medicamentos. Veja os estágios da HAS:
- Estágio 1: hipertensão acima de 130 por 90 e abaixo de 160 por 100;
- Estágio 2: hipertensão acima de 160 por 100 e abaixo de 180 por 110;
- Estágio 3: hipertensão acima de 180 por 110.
Hipertensão Arterial Sistêmica em números
Estima-se que cerca de 17 milhões de brasileiros sejam portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), estatística que tende a aumentar devido ao aparecimento cada vez mais precoce da doença, uma vez que cerca de 4% desse percentual corresponde a crianças e adolescentes, segundo dados de 2019 publicados pela Vigitel.
Complicações
A HAS é um problema grave de saúde pública no País e no mundo, responsável também por pelo menos 40% das mortes por AVC, por 25% das mortes por doença arterial coronariana e 50% dos casos de insuficiência renal terminal quando combinada a diabetes. É por isso que seu diagnóstico e controle precoces são imprescindíveis para a redução de outras complicações, como:
- Insuficiência cardíaca;
- Doença renal crônica;
- Doença arterial periférica;
- Aneurisma;
- Ataque cardíaco;
- Arritmias;
- Aterosclerose;
Entre outras.
Causas
Com frequência, a causa da hipertensão arterial sistêmica não pode ser identificada, mas, às vezes, ela ocorre como resultado de um distúrbio subjacente dos rins ou um distúrbio hormonal.
Obesidade, sobrepeso, sedentarismo, estresse, tabagismo e quantidades excessivas de álcool e/ou sódio (sal) contribuem para o desenvolvimento da pressão alta e, na grande maioria dos casos, a doença é herdada devido a fatores genéticos ou adquirida como resultado de distúrbios adjacentes (renal ou hormonal).
Sintomas
Nem sempre a pressão arterial apresenta sinais ou sintomas, por isso é necessário realizar a aferição da pressão sempre que possível e acompanhar possíveis oscilações. No entanto, possíveis sintomas podem se manifestar, como:
- Enjoos;
- Tonturas;
- Dor de cabeça e/ou na nuca;
- Dificuldade para respirar;
- Visão dupla ou embaçada;
- Dor no peito;
- Palpitações cardíacas;
- Pequenos pontos de sangue nos olhos;
- Zumbido no ouvido;
- Sonolência repentina.
Ao perceber algum desses sintomas, é importante medir a pressão rapidamente, de preferência após urinar e um tempo mínimo de descanso de 5 minutos. Caso a medição apresente alteração, procure o pronto-socorro imediatamente.
Tratamento
A hipertensão não pode ser curada, mas há meios de mantê-la controlada para que não ocorram complicações. Pessoas com a pressão arterial elevada ou diagnosticadas com hipertensão em qualquer estágio devem mudar seu estilo de vida e o uso de medicamentos dependerá do nível real da pressão arterial, além da prescrição indicada pelo médico. Veja alguns exemplos de hábitos que fazem parte da terapia não medicamentosa para controle da hipertensão arterial sistêmica, mas que também servem como métodos de prevenção:
- Consumo moderado de sal;
- Dieta equilibrada e rica em frutas, verduras, cereais integrais e legumes;
- Redução do consumo de álcool;
- Prática regular de atividades físicas;
- Fumantes devem abandonar o cigarro;
- Reduzir e manter o peso ideal (IMC);
- Controlar a diabetes;
- Reduzir os níveis de estresse.
Fique atento aos sinais! A HAS é uma doença silenciosa que pode levar a uma série de complicações que além de comprometerem a saúde, aumentam o risco de morte. Ao menor indício de elevação da pressão arterial, procure atendimento médico.
Fontes: Portal da Saúde.
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