Afiado com as palavras, Romário não deixou o aniversário de um ano do “7 a 1″ passar em branco. Com um texto lotado de críticas aos atuais gestores do futebol brasileiro, o baixinho postou também uma foto de um bolo com as cores da Alemanha e o placar daquele fatídico jogo.
Confira na íntegra a postagem do senador:
“Há um ano, a seleção brasileira masculina de futebol entrava em campo para passar o maior vexame de sua história, tomar uma goleada de 7×1 da Alemanha em uma Copa do Mundo em casa.
A chuva de gols deixou todos atônitos em frente à TV. seria replay? Não, infelizmente não era replay.
Sentado no sofá, assim como milhões de brasileiros, fiquei triste. Mas tive outro sentimento em particular, aquele que só quem já esteve em campo com aquela camisa poderia sentir: impotência.
Não porque eu queria estar em campo, mas porque eu via, já há alguns anos, com uma visão privilegiada, o futebol brasileiro se deteriorando. Sabia exatamente quais eram os motivos e, embora tentasse, não tive força para –sozinho– mudar algo.
Dentro de campo, o diagnóstico era evidente, pânico e incapacidade de reação dos jogadores. Fora, o problema era bem pior… Uma complexa teia de corrupção que envolvia a CBF, federações, clubes, agentes, empresas de marketing e cartolas. Juntos, eles destruíam nosso futebol porque tinham a única motivação de enriquecer, mesmo que isso custasse o fim do nosso esporte.
E conseguiram…
Passado um ano, o quadro de humilhação não mudou. Apenas se agravou:
O ex-presidente e atual vice-presidente da CBF, José Maria Marin, está preso na Suíça.
O atual, Marco Polo Del Nero, com a corda no pescoço, prestes a ser preso, não tem sequer coragem de deixar o país para acompanhar as competições oficiais.
Na mesma situação de investigado, encontra-se Ricardo Teixeira, também ex-presidente da CBF, ainda influente personagem deste jogo sujo.
Gilmar Rinaldi, conhecido empresário de jogadores, é o coordenador técnico da seleção, defendendo é claro, seus próprios interesses na convocação de jogadores.
A seleção masculina segue com sua trajetória de derrotas.
O futebol feminino abandonado.
Os clubes, endividados por má gestão e corrupção, perderam sua capacidade de formar novos craques.
As federações, por sua vez, permanecem no esquema do toma lá, dá cá com a CBF, onde um acoberta a corrupção do outro.
Ou seja, o horizonte continua sombrio.
Tem jeito? Sim, se soubermos enfrentar a crise com dignidade. O que não tem sido feito até agora, pelo menos não pela CBF.
Precisamos de uma mudança estrutural profunda.
Por sorte, essa teia de corrupção começou a ser desmontada pelo FBI. Tranquilos com a impunidade brasileira, a quadrilha da CBF deixou pontas soltas nos Estados Unidos, o que possibilitou a prisão de um dos chefes da organização criminosa, José Maria Marin.
A prisão de Marin abriu uma enorme janela, a justiça brasileira, no rastro dessa investigação tem a oportunidade de varrer do futebol dezenas de ratos de uma só vez. Paralelo a isso, temos a chance de investigação efetiva no legislativo, com a CPI do Futebol, que terá poderes para investigar todos os contratos da CBF e do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014.
No rastro dessas ações, abre-se caminho para uma nova era no futebol, com chance real de implementarmos boa gestão, transparência, alternância de poder, responsabilidade fiscal e investimento na base. Todos os ingredientes fundamentais para resgatarmos, em alguns anos, nossa real vocação: o jogo bonito do futebol arte.
A bola está quicando em campo…
A chuva de gols deixou todos atônitos em frente à TV. seria replay? Não, infelizmente não era replay.
Sentado no sofá, assim como milhões de brasileiros, fiquei triste. Mas tive outro sentimento em particular, aquele que só quem já esteve em campo com aquela camisa poderia sentir: impotência.
Não porque eu queria estar em campo, mas porque eu via, já há alguns anos, com uma visão privilegiada, o futebol brasileiro se deteriorando. Sabia exatamente quais eram os motivos e, embora tentasse, não tive força para –sozinho– mudar algo.
Dentro de campo, o diagnóstico era evidente, pânico e incapacidade de reação dos jogadores. Fora, o problema era bem pior… Uma complexa teia de corrupção que envolvia a CBF, federações, clubes, agentes, empresas de marketing e cartolas. Juntos, eles destruíam nosso futebol porque tinham a única motivação de enriquecer, mesmo que isso custasse o fim do nosso esporte.
E conseguiram…
Passado um ano, o quadro de humilhação não mudou. Apenas se agravou:
O ex-presidente e atual vice-presidente da CBF, José Maria Marin, está preso na Suíça.
O atual, Marco Polo Del Nero, com a corda no pescoço, prestes a ser preso, não tem sequer coragem de deixar o país para acompanhar as competições oficiais.
Na mesma situação de investigado, encontra-se Ricardo Teixeira, também ex-presidente da CBF, ainda influente personagem deste jogo sujo.
Gilmar Rinaldi, conhecido empresário de jogadores, é o coordenador técnico da seleção, defendendo é claro, seus próprios interesses na convocação de jogadores.
A seleção masculina segue com sua trajetória de derrotas.
O futebol feminino abandonado.
Os clubes, endividados por má gestão e corrupção, perderam sua capacidade de formar novos craques.
As federações, por sua vez, permanecem no esquema do toma lá, dá cá com a CBF, onde um acoberta a corrupção do outro.
Ou seja, o horizonte continua sombrio.
Tem jeito? Sim, se soubermos enfrentar a crise com dignidade. O que não tem sido feito até agora, pelo menos não pela CBF.
Precisamos de uma mudança estrutural profunda.
Por sorte, essa teia de corrupção começou a ser desmontada pelo FBI. Tranquilos com a impunidade brasileira, a quadrilha da CBF deixou pontas soltas nos Estados Unidos, o que possibilitou a prisão de um dos chefes da organização criminosa, José Maria Marin.
A prisão de Marin abriu uma enorme janela, a justiça brasileira, no rastro dessa investigação tem a oportunidade de varrer do futebol dezenas de ratos de uma só vez. Paralelo a isso, temos a chance de investigação efetiva no legislativo, com a CPI do Futebol, que terá poderes para investigar todos os contratos da CBF e do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014.
No rastro dessas ações, abre-se caminho para uma nova era no futebol, com chance real de implementarmos boa gestão, transparência, alternância de poder, responsabilidade fiscal e investimento na base. Todos os ingredientes fundamentais para resgatarmos, em alguns anos, nossa real vocação: o jogo bonito do futebol arte.
A bola está quicando em campo…
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