A COVID-19 e a promoção da saúde no Brasil: Os Agentes Comunitários de Saúde estão entre a vulnerabilidade e resistência.
A promoção da saúde no Brasil conta com os Agentes Comunitários de Saúde (ACS), que estão na linha de frente e ligam o sistema de saúde a grupos vulneráveis.
Os ACS brasileiros são, em sua maioria, mulheres que trabalham em condições de trabalho precárias e às vezes perigosas, além de treinamento fragmentado e assistemático.
Este artigo avalia como a pandemia de COVID-19 exacerbou a vulnerabilidades pré-existentes dos ACS (relativos a baixos salários, condições de trabalho precárias e treinamento inadequado) e criou novas, situações com profundo impacto em sua capacidade de realizar atividades de promoção da saúde.
Com base nos depoimentos de dezenas de ACSs e nas discussões online promovidas por seus sindicatos, o artigo revela que durante a pandemia os ACS foram solicitados a continuar seu trabalho sem treinamento e equipamentos de proteção adequados, expondo-se ao risco de infecção.
Mostra ainda como a pandemia tornou perigosa a interação próxima com os pacientes, de suas áreas de atuação na promoção da saúde.
Mesmo assim, os ACS buscaram adequar seu trabalho. Na ausência de liderança e coordenação por parte do governo federal, os ACSs mobilizaram diferentes formas de resistência em nível nacional e individual.
https://journals.sagepub.com
Tradução João Osório
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