O Governo do Maranhão, por meio da
Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), já
economizou cerca de R$ 1 milhão na revitalização de três prédios
públicos, utilizando mão de obra carcerária. Estão nesse cronograma duas
escolas, sendo uma delas já entregue, e o prédio onde funciona a
Fundação da Criança e do Adolescente (Funac), em Paço do Lumiar. A
estimativa é que até o fim do ano sejam economizados cerca de R$ 2,5
milhões.
“Nossa proposta é otimizar, ao máximo,
os recursos do Estado. Essas obras, caso fossem feitas por alguma
empresa, seria investida uma boa quantia em dinheiro. Mas quando usamos
mão de obra prisional, não somente diminuímos os gastos, como também
cooperamos para que esse interno tenha uma ocupação”, destacou o
secretário Murilo Andrade.
Atualmente, passam por obras o prédio da
Funac, com previsão de entrega em um mês, e o espaço onde, há mais de 9
anos, deixou de funcionar o antigo Colégio Universitário (Colun),
localizado na Vila Palmeira. Este último passará a funcionar, até o fim
do ano, a nova sede da Seap.
Em relação à unidade da Funac, as obras
ocorrem em duas etapas. A primeira, que está em fase final, se dá com
colocação de grades nos dormitórios. Na segunda fase da obra, será feita
a construção de um muro, a completa pavimentação do espaço e a
edificação de uma área de lazer para a prática de esportes destinada aos
adolescentes que ali se encontram.
Ao todo foram utilizados, nesse primeiro
momento, quatro internos. Mas, para a etapa seguinte, se unirão ao
grupo mais dez presos, totalizando, assim, 14 homens trabalhando na
revitalização do prédio da Funac.
Governo já economizou R$ 1 milhão utilizando mão de obra carcerária. (Foto: Clayton Montelles)
“Os internos são selecionados pela
comissão de classificação técnica, onde são verificados pontos como
aptidão para o trabalho, condições processual e psicológica e bom
comportamento. Caso o interno aceite a tarefa, é liberado uma portaria
para que ele realize o trabalho”, disse o coordenador de atividades
externas, Raimundo Gomes.
Desde agosto de 2015, o Governo do
Estado, por meio da Secretária de Administração Penitenciária (Seap),
tem realizado projetos de reformas de prédios públicos dentro e fora do
complexo penitenciário, utilizando mão de obra carcerária. A primeira
obra entregue aconteceu no mês de maio e foi a Unidade Integrada João
Paulo II, localizada no Turu. Os serviços contaram com a participação
de, aproximadamente, 30 internos.
Ainda por meio de uma parceria com a
Secretaria de Estado de Educação (Seduc), estão previstas as reformas
das seguintes unidades de ensino: do C. E. Estado do Pará, localizado no
bairro da Liberdade e do Centro de Ensino Vicente Mário, no Anjo da
Guarda. Estão previstas também as reformas dos ‘faróis da educação’,
desativados desde 2013, do Bairro de Fátima, do Filipinho e o Josué
Montello, localizado no município de Paço do Lumiar.
Vantagens
A iniciativa ajuda na ressocialização
dos detentos, oferece conhecimentos práticos na área da construção
civil, como a colocação de forros, a construção de divisórias e a
produção de massas, entre outras atividades. Os internos recebem ainda ¾
do salário mínimo, algo que auxilia no sustento de suas famílias. Outra
vantagem é que ao utilizar a mão de obra carcerária, além de ajudar na
reinserção social desses apenados, de forma digna, são feitas as
reformas dos prédios públicos com uma significativa redução nos custos.
Fonte: Ascom
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