Por meio de nota, ele disse que atitude foi para incentivar a população. Mas pessoas reclamaram nas redes sociais da atitude do prefeito.
A decisão do prefeito do município de Itabi, Júnior de Amynthas, (DEM), de 46 anos, de tomar a vacina contra a Covid-19, nesta terça-feira (19), durante o início da vacinação na cidade dividiu opiniões.
O motivo é que ele não faria parte do grupo que está na fase inicial da vacinação, que prevê a imunização de profissionais da saúde que atuam na linha de frente da Covid-19, idosos institucionalizados e indígenas aldeados.
Por nota em uma rede social, ele justificou o ato como sendo "uma forma de incentivar a população para que tomasse a vacina" e que "é facultado aos estados e municípios adequar a vacinação à realidade local". "O prefeito Júnior de Amynthas foi imunizado, em um ato de demonstração de segurança, legitimidade e eficácia da vacina, para incentivar a população Itabiense a vacinar-se, tendo em vista os receios existentes a esse respeito – o que não configura um ato de caráter político".
O G1 procurou o gestor municipal para falar sobre o assunto mas, até a publicação desta reportagem, ele não retornou o contato.
Ao todo, o município recebeu 31 doses para a primeira fase da vacinação. Até o último boletim epidemiológico divulgado nesta segunda-feira (18), a cidade havia registrado 51 casos e uma morte pela Covid-19.
O estado de Sergipe informou, por intermédio da Procuradoria Geral do Estado (PGE), que apresentou, junto ao Ministério Público, Representação para apuração de possível ilícito penal e ato de improbidade administrativa praticado pelo prefeito. Já que ele se apresentou para ser vacinado mesmo não sendo integrante do grupo prioritário previsto no Plano Nacional de Vacinação- PNI e no Plano Estadual de Vacinação- PEV.
"Os planos de vacinação seguem a lógica de proteção à saúde humana e estratégia de enfrentamento à doença, com prioridade fixada para, de um lado, proteger os mais sensíveis e, de outro, resguardar os profissionais que atuam na linha de frente. Quando nos deparamos com a situação narrada, da odiosa figura do "fura-fila", caso confirmada, não se estimula apenas a transgressão, mas reforça uma agressão moral à toda sociedade que deve ser duramente reprimida", comentou o Procurador Geral do Estado Vinicius Oliveira.
Caberá ao Ministério Público dar prosseguimento aos trâmites penais e administrativos para apuração da conduta do prefeito.
O Ministério Público Federal (MPF) notificou o prefeito do município e cobrou explicações sobre a situação. No ofício, o MPF pede que as respostas sejam enviadas em até vinte e quatro horas. O Ministério da Saúde (MS) informou que não há ilegalidade no ato do prefeito. A divisão de grupos do plano de imunização é uma recomendação, que pode ser seguida ou não pelos municípios.
Fonte dessa matéria:g1.globo.com
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