Por ser prefeito, Alves tem prerrogativa de foro privilegiado e só pode ser julgado pelo Tribunal de Justiça. Ele teve a prisão preventiva decretada pelo desembargador Froz Sobrinho, na madrugada deste sábado (30). Na decisão, Sobrinho afirma que ficaram provados indícios do crime.
O prefeito foi trazido para São Luís de helicóptero na tarde de sexta-feira. Ele foi interrogado durante horas na Superintendência de Polícia Civil do Interior (SPCI) e confirmou, em depoimento, que manteve relação sexual com a vítima, alegando que o ato teria sido consensual.
Após o depoimento, Alves foi levado em um carro da polícia para o CDP de Pedrinhas, onde ficará em cela especial por possuir curso superior, já que ele é médico.
Prisão
Ribamar Alves foi preso em flagrante, na sexta-feira, pelo estupro de uma jovem de 18 anos. Segundo a polícia, a vítima, que é natural do Paraná, é missionária da Igreja Adventista e trabalha como colportora (jovens que vendem livros para pagar os estudos).
Ribamar Alves foi preso em flagrante, na sexta-feira, pelo estupro de uma jovem de 18 anos. Segundo a polícia, a vítima, que é natural do Paraná, é missionária da Igreja Adventista e trabalha como colportora (jovens que vendem livros para pagar os estudos).
Segundo o delegado Rafael Reis, a vítima afirmou, em depoimento, que o crime aconteceu entre 21h e 23h de quinta-feira (28). O prefeito teria convidado a jovem para a casa dele afirmando que compraria os livros que estavam à venda.
Após chegar à casa, ela aceitou sair no carro dele e conta que o prefeito teria entrado em um motel sem se identificar na entrada, onde a levou para o quarto e praticou o crime. A vítima afirmou que deixou claro que não queria fazer sexo e chorou durante todo o ato.
Após sair do motel, a jovem seguiu direto para a delegacia, onde denunciou o crime, acrescentando que o homem já havia entrado em contato com ela pelo celular. Segundo o delegado, a vítima está extremamente abalada.
Juíza
No dia 18 de dezembro de 2013, Alves teria tentado beijar à força a juíza Larissa Tupinambá, que trabalhava em Santa Inês na época. O caso, confirmado pela Associação dos Magistrados do Maranhão (AM-MA), ocorreu quando o prefeito se encontrou com a magistrada para tratar de assuntos referentes ao Município.
No dia 18 de dezembro de 2013, Alves teria tentado beijar à força a juíza Larissa Tupinambá, que trabalhava em Santa Inês na época. O caso, confirmado pela Associação dos Magistrados do Maranhão (AM-MA), ocorreu quando o prefeito se encontrou com a magistrada para tratar de assuntos referentes ao Município.
O prefeito chegou a ser autuado por assédio sexual, mas, em 2014, teve o crime desclassificado como contravenção penal de "importunação ofensiva ao pudor", delito previsto na Lei de Contravenções Penais (3.688/41). Como teve o delito revertido, Alves pagou multa fixada pela Justiça e não é considerado reincidente.
Na tarde desta sexta-feira, a magistrada publicou, por meio das redes sociais, que é "dia de justiça". "Dia de Justiça. Ela pode demorar, mas quando se impõe, é altiva e forte. Só tem um lado: o certo. Não se rende a influências, não se verga para o lado mais forte e nem se mancha com a politicagem. Quando chega faz transbordar de felicidade quem só dela se socorre. Acreditar no lícito, no digno e no correto sempre vai trazer retorno. O ímpio, leviano, despudorado, imoral e abjeto se inunda no mar de lama do cotidiano em que vive suas torpezas", afirmou.
DO G1 MA
DO G1 MA
Nenhum comentário:
Postar um comentário