É o que você deve pensar: o hímen não serve para nada. "Ele não tem função orgânica, não serve para proteger de infecções, não faz diferença alguma. Ele apenas existe, anatomicamente, na vagina da mulher", explica Carolina Ambrogini, ginecologista e sexóloga coordenadora do Centro de Sexualidade Feminina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
O hímen - uma membrana que surge nas meninas antes do nascimento (na fase de embrião, a vagina não está formada e não há uma abertura. Quando a vagina toma forma, o resquício dessa "tampa" rudimentar vira o hímen) -, é completamente desnecessário.
A membrana não possui terminações nervosas, e por isso, não dói. A dor que uma garota pode sentir nas primeiras relações sexuais é, na verdade, devida ao estiramento da vagina - que passou a vida toda em repouso. "A pele e os músculos vaginais doem porque ficam mais estirados para acoplar o pênis. É a primeira vez que esses músculos se mexem. E por isso é normal doer", diz a médica.
Entretanto, o hímen pode sangrar quando é rompido. Às vezes, ele não se rompe totalmente, e por isso, o sangramento pode ocorrer não só na primeira relação sexual, como também nas seguintes. A intensidade e o número de sangramentos dependem do tipo de hímen de cada mulher.
Tipos
Existem, basicamente, cinco tipos. O mais comum é o anular, que, como o nome diz, tem formato de anel - o furo no meio permite a passagem da menstruação. O hímenseptado tem uma pele no meio do furo e é mais resistente. Ele pode incomodar mais na primeira relação, mas não provoca dor. O complacente é flexível e pode ser rompido aos poucos, durante as primeiras relações sexuais.
Há ainda o hímen cribiforme, que contém vários buraquinhos que deixam passar a menstruação, e é ainda mais resistente. Só que nenhum deles vence a resistência do hímen imperfurado - o tipo mais raro de todos: ele não deixa o fluxo menstrual passar e deve ser retirado através de intervenção cirúrgica.
E que fique bem claro: nem sempre o hímen é rompido através da penetração do pênis. Acidentes, atividades esportivas, uso de absorventes íntimos e masturbação, por exemplo, podem romper a membrana de qualquer garota.
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