Em recente publicação do trabalho científico pela Doutora Ariane Leites Larentis do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana/Escola Nacional de Saúde Pública/Fundação Oswaldo Cruz (Cesteh/ENSP/Fiocruz), denominado “Estudo do impacto à saúde de agentes de combate às endemias/ guardas de endemias pela exposição a agrotóxicos no estado do Rio de Janeiro” ficou constatado que exercer o ofício de agente combate as endemias é um risco de morrer precocemente.
O trabalho foi publicado no SUMÁRIO EXECUTIVO 2022 - Encontro Científico de Pesquisas Aplicadas, publicação do Ministério da Saúde.
A pesquisa registrou que a idade média de morte dos agentes de combate as endemias no Rio de Janeiro é 55 anos, enquanto, segundo o IBGE a idade média para mortes na população brasileira é de 78 anos.
Dos óbitos registrados no período pesquisado 75 % dos trabalhadores morreram em idade produtiva.
São instituições parceiras da pesquisa que ainda está em andamento as seguintes: Instituto Nacional de Câncer (Inca); Instituto Aggeu Magalhães, Fiocruz Pernambuco (IAM/Fiocruz PE); Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Fiocruz (EPSJV/Fiocruz); Universidade Federal do Estado Rio de Janeiro (Unirio); Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf); Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN); Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Campus Zona Oeste (Uerj-ZO); além de entidades sindicais.
Na minha opinião a pesquisa é importante para fazer o debate com o governo sobre os nossos direitos negligenciados ao longo dos anos e da necessidade de de avançarmos na reparação aos danos causados aos trabalhadores e trabalhadoras, através de um plano de saúde integralmente custeado pelo Governo, aposentadoria especial aos 25 anos com paridade e integralidade, instituição de pensão mensal vitalícia por exposição as substâncias carcinogênicas, afirmou Sandro Cezar, agente de combate as endemias, dirigente do SINTSAUDERJ e Presidente da CUT no Estado do Rio de Janeiro.
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